Sempre que me falam em ideias, patentes e direitos, o meu pensamento vai direito para a dicotomia ensino/aprendizagem.
Penso por uma questão de oficio, mas também porque penso como seria o ensino se os conhecimentos fossem todos patenteados. Alias, toda a evolução do conhecimento foi obtido pela discussão de ideias, partilha e troca de argumentos.
Imaginem que Darwin não tinha falado a ninguém da Teoria da Evolução ou que a teoria da Deriva Continental de Wegener tivesse ficado no segredo dos deuses. Teriamos chegado a este ponto? Teria o conhecimento humano crescido?
Estes pensamentos pairaram na minha cabeça à alguns tempos, desde umas conversas com amigos e mais recentemente, desde uma troca de mails entre o pessoal do PlanetGeek. Compreendendo que as patentes tem como proposito dar credito e merito a quem é inovador e investiga, como referiram, também existem casos ridiculos como o do duplo clique no rato da Microsoft e do Multitouch pela Apple. Na minha perspectiva isso leva a um descrédito total das patentes e a uma visão de que são instrumentos comerciais, legais e mesquinhos. Um caso mais grave foi o facto de a Warner Music proibir um autor de uma música, sobre as quais já detinha todos os direitos, de a colocar online no myspace para download. Eles agiram de modo liegal, pois não detinham os seus direitos, e continuavam a ganhar dinheiro com isso.Por estas razões acredita nas licenças Creative Commons, nas diferentes variantes. Podem não ser aplicaveis em todos os sentidos - e sabemos que as patentes industriais tem apenas como objectivo dinheiro - mas é o mais real da ideia de uso justo, de acordo com a minha concepção.
Fechando este post e pegando de novo na temática do ensino/aprendizagem, acho que tudo devia ser registado para um uso livre entre os autores e utilizadores. Afinal, a mim não me afecta nada que outros professores usem os meus materias, ou que os partilhem com outros. Aliás para mim é sinal que consegui produzir um material de qualidade e uma ferramenta válida. O conhecimento que está lá é universal, logo não tenho direito a exigir qualquer compensação. Para os produzir uso o OpenOffice, logo freeware e open source, e quando tenho de usar imagens, procuro algo que tenha sido disponibilizado como Creative Commons Non-Comercial ou Share Alike, dado que não vou vender.
Na minha opinião essa partilha é enriquecedora, pois estou a contribuir, ainda que indirectamente, para que alguém possa aprender. Assim como ganho quando troco ideias com colegas sobre como podemos dar a aula, ou a melhro estratégia sobre um tema. Evoluo, cresço, melhoro. Tal como o homem nos seus periodos mais brilhantes foi capaz, sem que o conhecimentos estivesse preso com limitaões legais.
Como disse Thomas Jefferson numa carta a Isaac McPherson (1813)
Penso por uma questão de oficio, mas também porque penso como seria o ensino se os conhecimentos fossem todos patenteados. Alias, toda a evolução do conhecimento foi obtido pela discussão de ideias, partilha e troca de argumentos.
Imaginem que Darwin não tinha falado a ninguém da Teoria da Evolução ou que a teoria da Deriva Continental de Wegener tivesse ficado no segredo dos deuses. Teriamos chegado a este ponto? Teria o conhecimento humano crescido?
Estes pensamentos pairaram na minha cabeça à alguns tempos, desde umas conversas com amigos e mais recentemente, desde uma troca de mails entre o pessoal do PlanetGeek. Compreendendo que as patentes tem como proposito dar credito e merito a quem é inovador e investiga, como referiram, também existem casos ridiculos como o do duplo clique no rato da Microsoft e do Multitouch pela Apple. Na minha perspectiva isso leva a um descrédito total das patentes e a uma visão de que são instrumentos comerciais, legais e mesquinhos. Um caso mais grave foi o facto de a Warner Music proibir um autor de uma música, sobre as quais já detinha todos os direitos, de a colocar online no myspace para download. Eles agiram de modo liegal, pois não detinham os seus direitos, e continuavam a ganhar dinheiro com isso.Por estas razões acredita nas licenças Creative Commons, nas diferentes variantes. Podem não ser aplicaveis em todos os sentidos - e sabemos que as patentes industriais tem apenas como objectivo dinheiro - mas é o mais real da ideia de uso justo, de acordo com a minha concepção.
Fechando este post e pegando de novo na temática do ensino/aprendizagem, acho que tudo devia ser registado para um uso livre entre os autores e utilizadores. Afinal, a mim não me afecta nada que outros professores usem os meus materias, ou que os partilhem com outros. Aliás para mim é sinal que consegui produzir um material de qualidade e uma ferramenta válida. O conhecimento que está lá é universal, logo não tenho direito a exigir qualquer compensação. Para os produzir uso o OpenOffice, logo freeware e open source, e quando tenho de usar imagens, procuro algo que tenha sido disponibilizado como Creative Commons Non-Comercial ou Share Alike, dado que não vou vender.
Na minha opinião essa partilha é enriquecedora, pois estou a contribuir, ainda que indirectamente, para que alguém possa aprender. Assim como ganho quando troco ideias com colegas sobre como podemos dar a aula, ou a melhro estratégia sobre um tema. Evoluo, cresço, melhoro. Tal como o homem nos seus periodos mais brilhantes foi capaz, sem que o conhecimentos estivesse preso com limitaões legais.
Como disse Thomas Jefferson numa carta a Isaac McPherson (1813)
"Uma ideia não é diminuída, independentemente do número de pessoas que a partilham. Quando ouço a tua ideia obtenho conhecimento sem diminuir o teu. Da mesma forma, se usar a tua vela para acender a minha, obtenho luz sem te escurecer. Como o fogo, as ideias podem atravessar o mundo sem que a sua intensidade seja diminuída."Espero que um dia ainda consiga ver estas perspectiva posta em prática
Concordo...
Mas, sendo realista, isso não deixa de soar um pouco utópico, a questão da propriedade e a questão da atribuição de "louros" vão ser sempre colocadas pela maioria das pessoas.
Até que ponto tens uma ideia brilhante e gostas de ver que outras pessoas se vangloriam como sendo seus autores, independentemente se por omissão ou não?
Egoísmo VS Altruísmo...
É difícil encarar as coisas com essa leveza, mais fácil seria se todos vissemos as coisas dessa forma, numa perspectiva de bem comum. Mas se muitos procuram alimentar o seu ego, dar boas impressões, etc, onde é que isso se encaixa?
Magna