Ponto de situação - I

9 de julho de 2009
Ora bem, estamos em 2009.

Apesar deste blog não ter tanto tempo quanto isso, também não foi a minha primeira incursão neste terreno. Contudo mantém-se como o único individual - o Eu,Tu e o Casamento é compartilhado com a minha noiva - e embora seja habitualmente povoado por coisas como telemoveis, e netbooks e todas essas tecnologias, acaba por ser algo pessoal.

No seguimento de dois acontecimentos recentes - o nascimento do bebé da minha Maninha e o retomar o contacto com a minha Priminha - dou por mim a fazer um ponto de situação da minha vida, e dos sonhos aquando da saida da faculdade. Porque, e presumo não ser o único, todos nós "vamos mudar o mundo" com um diploma na mão. Mas a realidade é que isso não acontece. Não agora. Podemos conseguir chegar lá, seja com trabalho, sorte, ou um misto, mas não será de imediato.

Esta reflexão vêm numa fase de estabilidade pessoal ao nivel amoroso - estou superfeliz com a minha noiva, e ansioso por casarmos e inicarmos a nossa vida em conjunto - e a nivel social, com a vivência de momentos importantes com os meus amigos, como o nascimento de filhos, casamentos, sucessos pessoais como conclusão de cursos e mestrados ou investidas em empresas próprias, a realidade é que a nivel de trabalho e realização pessoal a minha vida está um pouco aquém do que eu sonhava.

Todos nós temos sonhos, e a verdade é que eles não se realizam sozinhos, temos de trabalhar para os atingir. Sem renegar essa realidade, assumo que neste momento sinto que o meu caminho esta desviado. Entrei para a faculdade com o proposito de tirar um curso, mas assumidamente para dar aulas da Biologia e Geologia. E o mais próximo que consegui foi dar explicações, e quem está na educação sabe que é o mesmo que, em vez de jogar de inicio na equipa é ser 3ª escolha para o lugar.
Depois o emprego que tenho, e que já levo 7 anos - sim, é mesmo muito tempo para o emprego que é, acreditem! - tem vindo a relevar-se mais como um poço sem fundo que me suga a energia, motivação e disposição do que própriamente algo que me faça levantar todos os dias com um sorriso. Sim, não estou a dar aulas, e isso seria justificação suficiente. Mas não é, porque eu até gostava do que fazia. Mas como diria alguém, neste momento somos números num saco, e isso diz tudo em relação à forma como somos tratados. E quando quem manda perde a vergonha, quem obedece perde o respeito. Acho que isso diz tudo.

Sempre gostei de aprender coisas novas. Quando era miúdo aprendi a usar o photoshop 3.0 - tinha 15 anos - para manipulação de imagens, aprendi a resolver problemas do Windows, mudei para Linux e comprei um Mac. Gosto de desafios. Aliás, neste momento estou a tentar aprender usar o Flash... Mas não chega.Ser autodidacta é bonito mas é um caminho tumultoso que nem sempre nos leva ao destino correcto. A minha hesitação actual é o facto de ir ou não fazer um mestrado. Desde que estava no último ano da faculdade que andava interessado em fazer um mestrado. Aliás, neste momento conheço montes de pessoas que o fizeram ou que querem fazer. E não sei se será a melhor altura.

Ando com essa dúvida na cabeça. Preciso de motivação, mas as condições de momento podem não ser as melhores. Se o fizer tenho algo em que pensar e que me irá alimentar o espirito no sentido abrir uma nova janela  para um novo percurso profissional. E seria engraçado passar os primeiros tempos de casado a discutir com a minha mulher a defesa das nossas teses, uma vez que a princesa vai fazer um mestrado em contabilidade.

Será que é esse o melhor caminho?





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